Cooperativismo

Entenda um Pouco Sobre Nossa Essência

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais, através de uma empresa de propriedade comum e democraticamente gerida.

História do Cooperativismo

A cooperação sempre existiu nas sociedades humanas, desde os povos mais antigos (a.C.), já praticavam a cooperação na luta pela sobrevivência, às crises econômicas, políticas e sociais, bem como as mudanças.

O cooperativismo é resultado de séculos de evolução do homem no tocante à associação coletivista, com o intuito à sobrevivência ou viver melhor frente à adversidade que cada época apresenta.

Desde a pré-história, até o início de nosso século, encontramos formas rudimentares de associações de pessoas. Isso demonstra que a cooperação tem sido uma constante no ser humano, através dos tempos. O cooperativismo moderno surgiu junto com a Revolução Industrial (surgimento das máquinas a vapor), como forma de amenizar os traumas econômicos e sociais que assolavam a classe trabalhadora com suas mudanças e transformações.

Com a industrialização, os artesões e trabalhadores rurais migraram para grandes cidades, atraídos pelas fábricas em busca de melhores condições de vida.

Devido à imigração e somente os ricos empresários podiam comprar as máquinas, obrigando os demais trabalharem para eles, com isto, houve excesso de mão de obra resultando na exploração do trabalho sub-humano; jornada de até dezoito horas sem direito a férias, sem garantia para velhice, doença ou invalidez, crianças e mulheres ganhando menos ainda que os homens e enfrentando as mesmas condições de trabalho, locais mal iluminados e sem higiene

Os Precursores do Cooperativismo

Devido às grandes injustiças econômicas, diversos pensadores socialistas que não aceitavam as condições desumanas a que os trabalhadores eram submetidos, as preocupações com as questões sociais começaram a estudar as formas de organização das civilizações antigas, até que descobriram a cooperação como instrumento de organização social. Com isto, começaram a divulgar idéias e experiências destinadas a modificar o comportamento da sociedade. Os “socialistas utópicos” que exerceram influências sobre o cooperativismo moderno foram:

• Roberto Owen – 1771-1858, considerado o “pai do cooperativismo”.
• François Marie Charles Fourier – 1772 –1837.
• Philippe Buchez – 1796 – 1865.
• Louís Blanc – 1812 – 1882.
• John Bellers – 1654 – 1725.
• Saint Simon – 1760 – 1825.

Rochdale: Onde Tudo Começou

Após toda essa evolução histórica,  em 21 de dezembro de 1844, em Manchester, na Inglaterra o cooperativismo teve seu início. Neste dia, 27 tecelões e uma tecelã depois de muito discutirem sobre as possíveis soluções de seus problemas de sobrevivência e suas precárias condições econômicas, resolveram fundar a “sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”. Antes de tomarem essa decisão, várias alternativas foram propostas, tais como: a emigração, a abstinência alcoólica e a proteção da lei dos indigentes, o que significaria a perda de suas independências.

Sob a influência direta de Carlos Howcarter, discípulo de Robert Owen, com o capital de 28 libras economizadas no decorrer do ano de 1844, no dia 24 de dezembro do decorrente ano, foi inaugurado o armazém cooperativo no Beco do Sapo. A primeira cooperativa de consumo da história que oferecia uma pequena quantidade de manteiga, farinha de trigo e aveia.

No início do negócio, esses trabalhadores foram motivo de deboche para os demais comerciantes. No primeiro ano de funcionamento o capital de 28 libras passou para 180 libras e após dez anos, em 1855, contava com 1400 cooperados. Esse movimento espalhou-se por toda a Europa e, em 1881, existiam em média, mil cooperativas de consumo com cerca de 550 mil cooperados. Desde então, cada vez mais este movimento vem evoluindo e é reconhecido em todo o mundo.

Cooperativismo no Brasil

Antes do descobrimento do Brasil, viviam aqui as populações indígenas que tinham um modelo de sociedade solidária e que se preocupavam com o seu bem-estar, da sua família e da comunidade que era mais importante do que os interesses econômicos da produção. Por volta de 1841, o movimento cooperativista começa a ser conhecido devido à vinda do imigrante Francês Benoit Julis de Mure. Benoit tentou fundar a colônia de produção e consumo na localidade de Palmital, município de São Francisco do Sul, hoje Garuva.

Porém, o cooperativismo surgiu oficialmente em 1847 no Brasil,  por intermédio do médico Francês Jean Maurice Faivre. Este fundou a colônia Santa Tereza Cristina no Sertão do Paraná, que durou por pouco tempo, mas, foi muito importante para o florescimento do ideal cooperativista no Brasil. A colônia não era uma Cooperativa e sim, uma organização comunitária que funcionava de acordo com os ideais cooperativistas. Outros exemplos de organizações semelhantes foram as sociedades de Socorro Mútuo que surgiram a partir de 1850. Também não eram Cooperativas, mas deram grande impulso ao movimento e boa parte dos seus Estatutos tinha como objetivo a formação de Cooperativas. Com a vinda dos imigrantes alemães e italianos usando a experiência de seus países,  começaram a formar organizações comunitárias em todo o território nacional,  principalmente no sul, devido a problemas de consumo, crédito e produção. Em 1889, surge a comunidade do Rio dos Cedros / SC e, no mesmo ano,  em Ouro Preto / MG. Dois anos depois, em 1891,  foi fundada a primeira cooperativa do Brasil,  na cidade de Limeira,  em São Paulo e em 1895, no Estado de Pernambuco, nascia a Cooperativa de consumo de Caramagibe. No ano de 1902, colonos de origem Alemã, incentivados pelo Jesuíta Theodor Amstad, fundaram uma Cooperativa de crédito rural, em Vila Império,  atualmente Nova Petrópolis / RS. Esta é a mais antiga Cooperativa em atividade no País. Anos depois, 1908 imigrantes italianos radicados em Urussanga , no Estado de Santa Catarina, fundaram a Cooperprima, Cooperativa Agrícola de Rio Maior. As Cooperativas cresceram no Brasil,  nas décadas de 50 e 60.

Números do Cooperativismo no Brasil em 2020 (Fonte OCB)

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021, com foco no fechamento de 2020, houve um aumento no número de cooperados no país. Enquanto em 2019 a quantia era de 15,5 milhões, em 2020 esse número pulou para 17,2 milhões. Ou seja, um crescimento de cerca de 11% mesmo durante a pandemia, segundo afirma o estudo publicado pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil).

Destes, 40% são mulheres e os outros 60% são homens. No ramo de saúde, 53% dos cooperados são mulheres. No Ceará, em termos gerais, 56% do quadro social é representado pelo público feminino.

Outro excelente dado está relacionado à geração de trabalho. Enquanto o país vem batendo recordes de desemprego, o cooperativismo somou, no ano passado,  455.095 empregos diretos; um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

O estado do Paraná é o que mais se destaca nesse quesito, com quase 118 mil empregados. Em seguida,  vem Santa Catarina, com mais de 74 mil, acompanhado por São Paulo, com cerca de 66 mil.

Com relação às cooperativas, o número de organizações existentes em todos os estados do país é de 4.868. Elas estão distribuídas dentro dos sete ramos do cooperativismo. O número é referente às cooperativas com registro ativo na OCB até a data de 31/12/2020.

Cooperativas do agro geraram quase R$ 10 bilhões em sobras em 2020. Impulsionado pela alta dos preços das commodities agrícolas, o faturamento das cooperativas agropecuárias do país cresceu 30,5% no ano passado, para R$ 239,2 bilhões. As sobras (lucros) chegaram a R$ 9,6 bilhões, em alta de 74,5% ante 2019.

Cooperativismo em Santa Catarina

As primeiras experiências no Estado ocorreram no meio rural. Nas décadas de 40 e 50 foram ampliando-se para demais áreas. Nos anos de 1944 a 1951 surgiu a Cooperativa de consumo e crédito mútuo na cidade de Blumenau. Após alguns anos, 1959 cria-se a Cooperativa de eletrificação rural de Forquilhinha, Criciúma, Salto Donner e Benedito Novo. Nos anos 60 e 70 foram fundadas Cooperativas de diferentes segmentos em um grande número de cidades catarinenses. Porém, em 1964 muitas foram liquidadas por não atingirem os objetivos estabelecidos pela legislação  do país. Sobreviveram somente as que realmente possuíam condições de desenvolvimento e de prestação de serviços e benefícios de seus cooperados.

Santa Catarina,  em 2020,  tinha 251 Cooperativas e mais de 3 milhões de cooperados, incluindo familiares. Isto corresponde a 50% da população do Estado.

Os Ramos do Cooperativismo

1 –  Crédito;

2 – Infraestrutura;

3 – Agropecuário;

4 – Saúde;

5 – Consumo;

6 – Trabalho, produção de bens e serviços;

7 – Transporte;

Os Princípios Cooperativistas

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade comum e democraticamente gerida. Os princípios cooperativos são as diretrizes orientadoras, através das quais as cooperativas levam à prática os seus valores.

1- Adesão Voluntária e Livre:

Cooperativas são organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas para usarem seus serviços e dispostas a aceitarem suas responsabilidades, sem discriminação social, político ou religiosa.

2- Gestão Democrática Pelos Associados:

As cooperativas democráticas são controladas por seus sócios, os quais participam ativamente no estabelecimento de suas políticas e nas tomadas de decisões. Homens e Mulheres, eleitos como representantes, são responsáveis para com os sócios. Nas cooperativas de primeiro grau o sócio tem igualdade de votação (um sócio, um voto), as cooperativas de outros níveis também são organizadas de maneira democrática.

3- Participação Econômica pelos Associados:

Os sócios contribuem equitativamente e controlam democraticamente o capital de sua cooperativa. Ao menos, parte desse capital é usualmente propriedade comum da cooperativa. Eles recebem uma compensação limitada, se houver alguma, sobre o capital subscrito e realizado, como uma condição de sociedade. Os sócios alocam as sobras para os seguintes propósitos: Desenvolvimento da cooperativa, possibilitando o estabelecimento de reservas, parte das quais poderão ser indivisíveis, retornos aos sócios na proporção de suas operações com a cooperativa, e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelos sócios.

4- Autonomia e Independência:

As cooperativas são organizações autônomas de ajuda mútua, controlada por seus membros. Se elas entram em acordo com outras organizações, incluindo governamentais, ou recebem capital de origens externas, elas devem fazê-lo em termos que assegurem o controle democrático de seus sócios e mantenham sua autonomia.

5- Educação, Formação e Informação:

As cooperativas oferecem treinamento para seus sócios, representantes eleitos, administradores e funcionários. Assim eles podem contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. Eles informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opiniões, sobre a natureza e os benefícios da cooperação.

6- Intercooperacão:

As cooperativas atendem seus sócios mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo, trabalhando juntas através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

7- Compromisso com a comunidade:

As cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades através de políticas aprovadas por seus membros.

Valores, Direitos e Deveres

Os valores básicos que foram utilizados na confecção dos princípios cooperativistas são:

1 – Solidariedade
A solidariedade é um valor essencial que deve estar presente nas diversas instâncias de uma cooperativa, é um fator primordial para a existência e o fortalecimento da cooperação entre os associados da cooperativa.

2 –  Liberdade
O valor cooperativista da liberdade permite aos associados da cooperativa retirarem-se do empreendimento no momento que lhe for conveniente e também aos pretendentes de tornarem-se cooperados por livre e espontânea vontade.

A liberdade é relativa dentro da organização, limitada por regras de conduta impostas pelo próprio grupo.

3 –  Democracia
A democracia não tem seu sentido aqui entendido apenas na forma de participação e organização política dentro das cooperativas, mas sim na participação de todos os associados nas reuniões, do direito de opinião, da oportunidade do exercício das funções diretivas entre outros.

A aplicação do valor de democracia inibe a distinção entre pessoas, bem como o surgimento de grupos de interesse ou figuras de poder.

4 – Justiça Social
Com a promoção da Justiça Social, é adquirida a evolução pessoal dos indivíduos, que se concretiza através da promoção das pessoas, através da educação, cultura, qualidade de vida, oportunidade de trabalho e de realização pessoal.

5 – Equidade
A equidade garante o tratamento igual, de acordo com o grau de participação nas relações humanas e de contribuição para os associados.

Através da equidade, as cooperativas põem em prática um direito igual para todos os associados de participarem da organização, partilhando igualmente os benefícios resultantes.

Segundo IRION (1997, p49-50) a Equidade pode ser examinada por três vertentes:

A – Associativa – que estabelece direitos e deveres iguais para todos os sócios.

B – A Econômica – que garante a distribuição dos resultados proporcional à participação do associado nos negócios.

C – A Social – que obriga a cooperativa a assistir aos associados sem discriminação.

6 – Participação
A participação ativa de todos os cooperados nos diversos estágios de desenvolvimento organizacional de uma cooperativa determina até que ponto os objetivos traçados pelo empreendimento serão alcançados de forma eficaz.

A participação deve ser entendida ao mesmo tempo como um direito e um dever dos cooperados, pois do mesmo jeito que são donos do empreendimento e podem participar livremente da gestão e da tomada de decisões, são obrigados a participar para contribuir com o coletivo.

7 – Universalidade
Através do valor da universalidade as pessoas e os grupos associados descobrem o seu maior valor e enriquecimento não em ações individuais, mas no trabalho coletivo em prol de objetivos de interesse universal.

A cooperação universal auxilia na inexistência de qualquer distinção de classe, raça, cor ou religião, estabelecendo a união entre todos em razão de interesses que atendam às necessidades da coletividade.

8 – Honestidade
A honestidade é um aspecto componente da formação do caráter do ser humano, cada vez mais desprezado na sociedade.

Com a intenção de promover uma reforma moral das pessoas, os pioneiros do cooperativismo buscavam sempre alertar para as atitudes e o comportamento dos indivíduos na sociedade.

Através da honestidade, a cooperativa é capaz de estender cada vez mais sua influência com o ambiente externo, haja vista que, devido às suas ações a sociedade acreditará cada vez mais no sistema cooperativista.


Deveres do cooperado

1 –
Participar das Assembleias Gerais;
2 – Operar com a Cooperativa;
 3 – Aumentar seu capital na Cooperativa;
4 – Aceitar a decisão da maioria;
5 – Votar nas eleições da Cooperativa;
6 – Denunciar falhas;
7 – Não comentar falhas da Cooperativa fora dela;
8 – Manter-se informado a respeito da Cooperativa;
9 – Acompanhar os eventos de educação cooperativista.

Direitos do cooperado

1 – Votar e ser votado;
2 – Participar das operações da Cooperativa;
3 – Receber retorno proporcional às suas operações no final do exercício;
4 – Examinar livros e documentos;
5 – Convocar assembleias, caso seja necessário (conforme legislação);
6 – Solicitar esclarecimentos ao conselho de administração;
7 – Opinar e defender suas ideias;
8 – Propor medidas de interesse da assembleia;
9 – Julgar sócios e dirigentes dentro da assembleia;
10- Ser julgado pela assembleia e defender-se;
11- Demitir-se da Cooperativa e receber o seu capital, de acordo com o Estatuto.

O que se Espera do Cooperado

Que se faça presente e atue de forma ativa nas reuniões, assembléias e demais eventos promovidos por sua Cooperativa. Movimentação: Realizar junto à Cooperativa suas operações de compra e venda em comum, se este é o seu objetivo. Acompanhar e avaliar as atividades e serviços da Cooperativa. Que emita opinião, discorde e apresente sugestões e soluções. Que conheça, divulgue e defenda a causa cooperativista. Consciência de sua condição de dono e usuário da sociedade cooperativista:

Como dono:
Sugerir, questionar, decidir e administrar.

Como usuário:
Utilizar e contribuir (pagar quando necessário for, sempre em dia pelos serviços prestados e respeitar os funcionários). Informações atualizadas das suas atividades (unidade de negócio). Solidariedade somente é possível quando há uma relação de confiança ampla e recíproca entre os cooperados. Fidelidade: lealdade junto à cooperativa e cumprimento de um compromisso ético (respeito) e moral para com os demais. Diálogo: frequente, franco e aberto junto à administração da Cooperativa.

Doze Vantagens da Doutrina

Ao código e à organização de trabalho proposta pelos tecelões ingleses de Rochdale, somaram-se outras ideias progressistas e humanistas, possibilitando que, em 1886, durante o Congresso das Cooperativas de consumo realizado em Nines, na França, fossem aprovados juntos aos participantes, associados, trabalhadores, professores e estudantes as “doze virtudes” da doutrina cooperativista que, por sua atualidade, merecem ser conhecidas.

Essa sistematização deve-se a Charles Gide, o principal organizador das ideias originadas em Rochdale, líder da chamada Escola de Nines.

1 – Viver Melhor: Através da solução coletiva dos problemas.
2 – Pagar a Dinheiro: Este sadio hábito evita o endividamento que gera a dependência.
3 – Poupar Sem Sofrimento: A satisfação das necessidades dos cooperados deve ser prioritária, pois a mesma é importante para a definição do que pode ser feito com as sobras.
4 – Suprir os Parasitas: Afastar os atravessadores na venda de produtos e serviços.
5 – Combater o Alcoolismo: Viver de maneira sadia, evitando os vícios e enfrentando a realidade com coragem.
6 – Integrar as Mulheres nas Questões Sociais: Ressaltar a importância da participação feminina.
7 – Educar Economicamente o Povo: A educação é uma ferramenta para o desenvolvimento do homem.
8 – Facilitar a Todos o Acesso à Propriedade: É essencial unir esforços para conquistar os meios de produção.
9 – Reconstituir uma Propriedade Coletiva: Para ter acesso à propriedade, o passo inicial é investir em um patrimônio coletivo.
10- Estabelecer o Justo Preço: O trabalho tem que ser remunerado e os preços definidos sem intenção especuladora.
11- Superar o Lucro Capitalista: O objetivo da produção é a satisfação das necessidades humanas.
12- Abolir os Conflitos: As disputas diminuem pelo fato de que o associado é dono e usuário da Cooperativa.